sexta-feira, 20 de junho de 2008

Estado Crítico

Por Jenifer Rodrigues

O Maranhão está entre os dez primeiros Estados brasileiros com o maior número de municípios do país, 217, sendo que, muitos destes se emanciparam no ano de 1996.


A população maranhense possui carência na área da saúde, educação, saneamento básico e segurança, entre outros fatores importantes para um vida um pouco mais digna.

Políticos criam a idéia que se a cidade passar por um processo de emancipação muitas "coisas" (saúde, educação, segurança) irão melhorar. Será? Não será apenas mais uma jogada política? Essas são dúvidas que todos temos, não apenas a humilde população rural que é tratada como meros fantoches nas mãos destes "homens com poder".

Após uma visita aos municípios de Turilândia e Presidente Sarney, que pertenciam a Turiaçu e Pinheiro, respectivamente, ficaram as questões: a cidade "cresceu" por que tinha que crescer, por sorte administrativa, ou conseqüência de uma boa emancipação? Claro que não vamos ser hipócritas ao ponto de negar que a emancipação é uma forma de "progresso" que a população maranhense quer, pois o Maranhão é um dos Estados com pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país.

Como um Estado com contribuição de 0,9% no PIB nacional pode pensar em emancipar mais 101 municípios, se os já existentes vivem em situações precárias? São municípios sem escolas, cartórios, agências bancárias, água potável, entre outros tipos de serviços essenciais para a sociedade.

Não estou aqui para dizer que o Maranhão não pode seguir o exemplo de outros Estados fazendo mais pedidos para novas emancipações, mas, sim, reavaliar o "estado crítico" dos muitos municípios já emancipados. Preocupar-se em encontrar soluções e aplicá-las pensando no bem-estar da população.

As conseqüências de uma má-emancipação são notórias, principalmente sobre a população rural. Este jogo de interesse político e financeiro é favorável apenas para os ditos "políticos" que são eleitos pela grande massa.

É visível o Estado como as pessoas sobrevivem nestes municípios. As escolas, por exemplo, disponibilizam um ensino básico precário. Os hospitais realizam um atendimento de péssima qualidade. E o que dizer da infra-estrutura? É totalmente vergonhosa. É esse o "bem-estar" que a população de baixa renda merece? Certamente não, porque isso é o verdadeiro EGOÍSMO humano à flor da pele. Aspectos como esses devem ser levados em consideração para analisar a evolução de um município.

Muitos Estados utilizam a emancipação para um benefício político (bem privado) e nao pensando em solucionar ou ajudar em alguns problemas da população (bem coletivo). Podemos comparar um município emancipado com um relacionamento amoroso. No início, são flores e, depois, são só dores.

O TURISMO COMO PROPULSOR DA ECONOMIA LOCAL

Por Kaysterly de Oliveira Pinto


Turismo de Eventos movimenta a economia em São Luís


Os setores de viagens e turismo são os maiores e mais diferenciados do mundo. Muitas nações dependem dessa eficaz atividade como principal fonte de geração de renda, emprego, crescimento do setor privado e aperfeiçoamento da infra-estrutura.

Considerado pela Organização Mundial do Turismo (OMT, 2003) como uma indústria geradora de emprego (cerca de 200 milhões direta ou indiretamente) e renda, o turismo tem incentivado vários países em desenvolvimento a engajá-lo nas suas políticas econômicas como suplementares a outras formas de crescimento econômico, tais como a manufatura ou exportação de recursos naturais.

Os investimentos turísticos produzem um efeito inversamente proporcional ao da indústria que, enquanto é concentradora de renda, o turismo a distribui, pois cria um efeito favorável nos setores menos especializados da população. Faz com que apareçam novas oportunidades de emprego, impedindo que moradores locais imigrem para outros centros em busca de trabalho.

Pouquíssimos setores da economia se desenvolveram num prazo tão curto como o segmento de turismo e viagens. Em pouco mais de cinco décadas de história, os destinos se multiplicaram e essa indústria se tornou uma das mais ricas, dinâmicas e promissoras áreas da economia global. Não foi por acaso, que a atividade turística passou a ocupar espaço considerável nas relações econômicas internacionais, devendo, segundo previsões da Organização Mundial do Turismo ser uma das mais importantes em termos de oferta de empregos e geração de receitas do século XXI.

O turismo tem se mostrado através da evolução, ser um fenômeno social capaz de modificar economicamente todo um local, gerando emprego e renda para a comunidade.


Diante da tendência mundial de crescimento do Turismo de Eventos e como este segmento pode ser usado como ferramenta de desenvolvimento social, econômico e resgate da cultura local, geram emprego, renda e melhora a qualidade de vida da população, além da auto-estima da comunidade envolvida e criação de infra-estrutura que beneficia não só o turista, mas, também a população local. Houve a necessidade de algumas cidades, que antes sofriam com a deficiência econômica e a sazonalidade, estudarem melhor este tipo de turismo. Criaram assim, os eventos esporádicos e permanentes, as micaretas.

Dentre os eventos maranhenses que mais atraem pessoas é a Micareta Marafolia. Este carnaval fora de época que desde o seu surgimento em 1995 veio se evoluindo e arrastando multidões de todos os lugares do mundo.

Para o setor hoteleiro - que geralmente fica lotado nesta época, significa mais dinheiro e economia, pois este evento sempre acontece na primeira quinzena do mês de outubro, período de baixa temporada, diminuindo, assim, os efeitos que são caracterizados pelo aumento ou redução de significativos da demanda pelo produto em determinada época do ano: a sazonalidade.

De acordo com a Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (ABAV), na última década, com o advento dos carnavais fora de época, só na cidade de São Luís com o Marafolia o número de turistas que visitam a cidade cresceu 95%. Em 2006 a ocupação nos hotéis foi total. Dados da Maranhão Turismo (MARATUR, 2006) informam que houve um aumento na oferta de vagas de 25.000 para 28.000.

Tendo em vista que o Turismo de Eventos gera uma série de benefícios para a localidade receptora, algumas cidades criaram um calendário especial para divulgar estes eventos. Mantendo-o sempre atualizado.

O processo de desenvolvimento e de globalização da economia mundial, além de gerar um progressivo fluxo de viagens regionais e internacionais, ampliou de forma acelerada o setor de lazer e de turismo, que passou a ser, efetivamente, o grande promotor de redes hoteleiras.


O turismo e o segmento turismo de eventos tem sido forte arma no combate a pobreza nos países em desenvolvimento. São Luís adotou este método não só para diminuir os impactos socioeconômicos da população, mas também para divulgar os seus atrativos histórico-culturais e naturais.



Chuvas continuam intensas esse mês em São Luis

Por Danielle Lobato

Esse mês o volume de chuva que já caiu sobre São Luís foi mais do que os anos anteriores e isso tem causado vários problemas aos ludovicenses. A capital tem sofrido sérias conseqüências dessas chuvas. Várias famílias já tiveram casas, móveis, eletrodomésticos, roupas e outros pertences destruídos pela chuva. Os motoristas tem tido muitos prejuízos em concerto de carros, pois as ruas de São Luís ficam quase intrafegáveis e engarrafamentos enormes se formam em vários pontos da ilha, em dias de chovas fortes.

Além da cidade não ter uma estrutura que resista a fortes chuvas, os meteorologistas do Núcleo Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) afirmam que houve um aumento significativo da quantidade de chuvas que caíram sobre São Luís nesse semestre do ano de 2008, chegando a marcar 2166 mm, visto que media histórica habitual chega a 2024 mm.

http://www.jornalpequeno.com.br//2008/6/13/Pagina80536.htm

Apesar do diretor do Núcleo de Meteorologia da UEMA, Gunter Reschkeper, ter previsto, após a chuva do dia 5, que as intensas chuvas cessariam, pois o mês de junho e julho são os meses de transição entre o período chuvoso e o seco, não foi o que ocorreu.

http://imirante.globo.com/plantaoi/plantaoi_imp2.asp?codigo1=166946

As chuvas continuam caindo com intensa quantidade de água, o que está sendo considerado um fenômeno atípico pelos meteorologistas. Segundo informação de Rochelle Monteiro, também do núcleo de meteorologia da UEMA, nos 11 primeiros dias do mês de junho, as chuvas registraram a marca de 260 mm, e que de 1961 a 1996, a media registrada durante todo o mês era de 117 mm. A nova previsão do núcleo é que as chuvas provavelmente só devem encerrar no final de julho. A explicação para essa anormalidade das chuvas é a junção do fenômeno La Niña, do efeito de brisas e das Ondas Leste.

http://www.jornalpequeno.com.br//2008/6/13/Pagina80536.htm

O caos em São Luís
Os ludovicenses temem a cada vez que olham o céu nublado, as chuvas têm trazido consigo muitas tristezas a algumas famílias de São Luís. As pessoas ficam impossibilitadas até de sair de casa, isso quando a água não invade as suas casas e várias avenidas ficam alagadas. Alguns pontos da cidade, os alagamentos são constantes.

Esse mês foi possível observar os pontos da cidade onde os motoristas passar por transtorno para se locomoverem. No dia 06, vários acidentes aconteceram, na ponte do São Francisco, na avenida Casemiro Junior e na avenida Carlos Cunha. No dia 10, terça-feira, a chuva deixou o transito lento e complicado, a volta para casa foi difícil tanto para quem usa o transporte publico, como para quem tem carro próprio. Já na terça-feira, dia 12 de junho, uma forte chuva no inicio da tarde, que durou aproximadamente duas horas, é um exemplo de dia de caos vivido na capital. Nesse dia, alagamentos nas avenidas Beira-Mar, Jerônimo de Albuquerque, nos estacionamento do Tropical Shopping dificultaram o trânsito e trouxeram sérios prejuízos aos motoristas.

http://oimparcial.site.br.com/site/content/view/1806/240/
http://oimparcial.site.br.com/site/content/view/2142/240/
http://www.jornalpequeno.com.br//2008/6/7/Pagina80115.htm

Os moradores de alguns bairros já não sabem mais o que fazer para chamar a atenção das autoridades. No São Francisco a conseqüência da forte chuva foi sentida por moradores e comerciantes da rua Oito. Lá a água inundou casas e comercio, causando perca de mercadorias e móveis. O alagamento lá é pior quando a chuva cai no mesmo horário em que o mar está cheio, pois essa parte é uma das mais baixas do bairro e próxima do mar.

http://www.jornalpequeno.com.br/2008/6/13/Pagina80535.htm

Moradores da rua Bom Jesus no Rio Anil também tem sofrido as conseqüências desse aumento das chuvas devido a um problema que existe desde 2006 no bairro. Lá uma construção inacabada da Prefeitura de São Luis impede o escoamento da água e causa alagamento nos quintais e até mesmo dentro das casas dos moradores dessa rua. Uma moradora, inclusive foi obrigada a abandonar sua casa.

http://www.jornalpequeno.com.br/2008/6/17/Pagina80772.htm

Veja um vídeo que mostra o trânsito de São Luís em dia de chuva forte:
http://imirante.globo.com/plantaoi/plantaoi_video.asp?codigo1=167995

Assista a previsão do tempo para hoje:
http://imirante.globo.com/plantaoi/plantaoi_video.asp?codigo1=168347

DOLAR E O VALOR DO REAL






Por Ana Danielle Carvalho



Dólar e o valor do real

“Os efeitos da alta e baixa do dólar para os brasileiros”
Pesquisas apontam que a queda do dólar e a valorização do real estão ligadas a um processo econômico.
A queda do dólar é um fator principal para que o consumidor tenha seus benefícios. Na mira da economia mundial o real está inteiramente ligado a queda do dólar.
Pesquisas apontam que houve redução dos preços em eletrônicos e derivados do trigo. Uma das últimas cotações do dólar está entre 1.70 à 1.80 , isso equivale a circulação do real ,pois os preços dos produtos tais como eletrônicos caem e o poder de compra do consumidor automaticamente aumenta.
Alguns elementos como macarrão e trigo este ano tiveram uma queda de 7,6 %, já roupas teve sua taxa de redução que é de 14,5 %.

Os negócios na mira do dólar







Vários fatores interferem em negociações de diversas áreas, principalmente as médias empresas que estão na linha de frente e necessitam dos fornecedores. Quando o dólar cai, as mercadorias tendem a permanecer em um valor equilibrado ou subir em nível muito alto.
Um exemplo de quando o dólar cai e afeta os empresários confirma Janilkele Galvão (Administradora de empresas-rede de joalheirias)
“Como os investidores fazem reserva em dólar, eles passam a ter duas opções ou investem em euros ou em “commodites” (matéria – prima, mercadoria utilizada em transações comerciais, principalmente em bolsa comerciais). E Quando o dólar cai passa insegurança aos investidores “a procura é maior que a oferta e o preço sobe, daí percepção que produtos sobem de valor no caso o ouro, petróleo que são exemplos de commodites.”




Turismo x dólar








No Brasil a queda do dólar nos últimos meses foi de grande crescimento no setor de turismo. Com o dólar baixo a procura pelo turismo internacional teve um aumento, isso deve-se a pacotes com formas que atraem os clientes.
Segundo Elaine Cristina F. Serra (CVC – São Luís), Buenos Aires, Bariloche e Madrid estão no ranking de procura de pacotes de viagens.
O outro lado do dólar

Outros fatores geram um fluxo muito grande de dólar no Brasil. Investidores internacionais depositam mais confiança na economia brasileira, pois ao aplicar suas moedas no Brasil suas economias tendem a aumentar devido as taxas de juros. Com isso governo conta com uma grande reserva de dólares no Banco Central, para crises futuras.
Com a queda do dólar o consumidor paga sim menos pelos produtos importados, porém alguns setores são seriamente prejudicados, tais como o setor da indústria, pelos importados que entram no país. Com isso o governo aumentou os impostos para a entrada de produtos de fora, assim melhorando para o Brasil

Segundo o economista Mauro França (Sousândrade – Ma) ele explica sobre a queda do dólar por fatores internos da economia norte americana
“A economia americana está caindo cada vez pelos seus próprios problemas internos, ou seja, o seu enorme déficit externo que tem crescido a cada ano. Sendo que os Estados Unidos não é mais aquela potência da economia mundial.”. .

O analista de casa de câmbio (Fitta – São Luís) fala um pouco sobre como o dólar está sendo utilizado no país:

Levando em consideração a queda do dólar, existe setores da economia que perdem e outros ganham, na sua opinião os benefícios são favoráveis aos brasileiros?



João Paiva - Para o consumidor a queda do dólar é boa, pois os produtos ficam mais baratos. Ex: viagens internacionais, aparelhos eletrônicos.
Para o produtor a queda é ruim, já que são obrigados a diminuir sua margem de lucro para competir com preços de mercadorias importadas que ficam bem mais baratos.
Com a queda do dólar o turismo é um setor prejudicado ou beneficiado?



João Paiva - A queda do dólar tem dois lados:
Favorece o turismo para o exterior, uma vez que torna mais baratas as passagens e a hospedagem de brasileiros fora do país. Ao mesmo tempo, também gera efeito contrário para os turistas estrangeiros, que têm de pagar preços mais caros pelos mesmos serviços no Brasil.



Tempos atrás o dólar era considerado a principal moeda, hoje esse título caiu. No seu conceito você acha que o dólar ainda consegue atingir novamente o mérito de grande moeda?



João Paiva - Apesar da economia dos EUA passar por grave crise, uma queda abrupta no valor da moeda americana teria efeitos imagináveis na economia mundial.
Em minha opinião, o dólar funciona para a economia mundial como uma droga poderosa (ruim com ele e pode ser muito pior sem ele).

A outra imigração japonesa

Enquanto a imigração japonesa no Brasil comemora 100 anos, uma tribo no mínimo diferente ainda comemora 14 anos de uma outra imigração japonesa, a do mangá.

Por Thiago Borges

O desembarque

Neste ano de 2008 faz 100 anos da imigração japonesa no Brasil. A festa é comemorada por todos, nisseis, sanseis, brasileiros descendentes ou não. Afinal de contas é impossível não agradecer pela chegada de uma cultura tão rica e bela como é a cultura japonesa em nosso país. O contagio é geral e todos são convidados a celebração, portanto, não se assuste quando estiver passeando pelo bairro da Liberdade em São Pulo e se deparar no meio do festejo com uma centena de rostos adolescentes que em nada se assemelham as feições orientais. Garotos com espinhas no rosto, vestindo roupas estranhas e com uma dúzia de livrinhos com capas coloridas em baixo dos braços. Mantenha a calma, respire, não é o dia das bruxas, você apenas encontrou alguns otakus.

“Mas que diabos é otaku?” Calma, Trata-se de alguém, independente da idade, que é fascinado por praticamente tudo o que vem do Japão, principalmente o mangá, que é o quadrinho japonês, e o anime, que é o desenho que passa na TV. Mas no Brasil esta ainda é uma cultura recente.

Tudo teve inicio em meados de agosto de 1994 na extinta rede manchete. Um novo desenho começava a ser exibido na emissora, “Os Cavaleiros do Zodíaco” era o seu titulo e pouca gente imaginou que eles causariam tamanha explosão no mercado e na cabeça da criançada. A nova empreitada da manchete, que inclusive já tinha uma recente historia com series tokusatsus japonesas (series com atores reais, Jaspion, changeman, Jiraya), agora entrava no segmento de animação, o animê. O sucesso foi enorme e não demorou muito para que surgissem outros desenhos do mesmo gênero acompanhando a nova febre da televisão brasileira.



Mangá? Da pra explicar direito?

Ok, titio explica. O universo da animação japonesa é muito grande, uma verdadeira industria. Por isso não há como falar desta cultura sem antes entender um pouco sobre como funciona este mercado. Tudo começa com o mangá. Apesar de algumas pessoas dizerem que mangá significa “figuras irresponsáveis”, para os grandes estudiosos e aficionados pelo assunto não existe nenhuma tradução especifica para a palavra, é apenas a palavra usada para denominar histórias em quadrinhos japonesas, assim como no Brasil chama-se HQ’S e nos EUA, comics.

Mangá é semelhante a cinema, existem vários gêneros para diferentes públicos, ação, aventura, policial, drama, épico, comédia, infantil, adulto, entre outros títulos que tomam conta das bancas de revistas. Para cada gênero os japoneses criaram uma denominação. Assim sendo, mangá masculino é Shonen mangá, e feminino é Shoujo mangá. Existem outras denominações mais especificas, como os de mangá adulto, onde Yaoi é mangá para homossexuais masculinos e Yuri é para homossexuais femininos. Tem para todos os gostos e estilos, ao contrario daquele ditado que diz que desenho é coisa para criança. Também, mas não só para criança. Abra sua mente.

Tudo funciona mais ou menos assim. Digamos que você seja um bom desenhista e roteirista, seja formado em alguma escola ou auto-ditada mesmo (No Japão existem varias escolas renomadas de mangá, que já formaram ótimos profissionais), aí você manda sua historia para alguma editora, ela se agrada do seu trabalho e lhe contrata. Assim surgem os diversos títulos, que são publicdos pelas editoras em diversas periodicidades, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente e até semestralmente. Você pode comprar um mangá com mais de um titulo de série ou a versão de bolso, com apenas a sua série favorita. Por exemplo: você não precisa comprar um mangá com “Cavaleiros do Zodíaco”, “Dragon Ball” e “Sailor Moom” juntos, se você só gosta de “Sailor Moon”. Você pode simplesmente comprar a versão unitária só com o mangá que lhe agrada.

Se um mangá se destaca ele vira animê, ou seja, um estúdio compra os seus direitos para a produção de uma animação para TV. Se a série de TV se destaca ela ganha um longa metragem, especial para vídeo (mais conhecido como OVA – Original Vídeo Animation), ou mesmo uma nova série, fora as inúmeras bugigangas como brinquedos, roupas, gomas de mascar, mochilas e tudo mais que puder ser vendido para a molecada. É um mercado que abrange desde editoras até fabricas de brinquedos. Por exemplo, um anime como “Os Cavaleiros do Zodíaco” rendeu muito dinheiro com a venda de bonequinhos com armaduras, e a empresa que comprou os direitos do animê na época (no caso a Bandai), lucrou bastante.

Mas voltando ao Brasil...

A chegada dos cavaleiros do zodíaco trouxe uma série de outros animês, acarretando uma
verdadeira batalha pela audiência entre as emissoras Manchete e SBT. Era uma luta para ver quem conseguia comprar as melhores séries e assim ganhar mais pontos no ibope. Esta pode ser considerada a fase de ouro do mangá contemporâneo no Brasil, de 1994 a 1998. Nesta fase se destacaram as séries, "Pokémon", "Yuyu Hakusho" e o já citado "Os Cavaleiros do Zodíaco". Mais tarde, outras emissoras como a Band, Record e mesmo a conservadora Rede Globo também se renderam as animações japonesas, trazendo animes de sucesso para a telinha brasileira. Desta vez foram as continuações de 'Dragon Ball" (as versões Z e GT), "Samuray X" e "Digimom", que ganharam destaque.

Inúmeras revistas surgiram tratando do assunto, mas uma foi a grande responsável por consolidar de vez a cultura animê/mangá no Brasil, a revista Animax. Enquanto outras revistas falavam de vários segmentos de animação e tinham uma ou duas matérias sobre anime, a Animax era a única especializada em animação japonesa, que trazia ao seu leitor informações detalhadas sobre o que passava no Brasil e no Japão. Como mediadores e formadores de opinião sobre o assunto, seus idealizadores criticavam de forma profissional todo o trade do mangá, trazendo não só informação de qualidade, como reivindicações por melhorias na gestão do mangá no Brasil.

Com isso o fã de mangá e animê começou a lutar por melhores dublagens, publicações de revistas, incentivo ao artista local (desenhistas e roteiristas), produção de eventos, etc. Grupos começaram a se reunir criando fã-clubes organizados, com direito a carteirinha de sócio e até sorteios mensais de coleções de anime. Não demorou muito para surgirem grandes eventos como o Animecon, além da febre das publicações de mangás de sucesso por editoras brasileiras. Pronto, estava consolidado a cultura mangá no Brasil.

Hoje existem mais de 20 publicações semanais de mangá nas bancas, fora os amimes sendo exibidos tanto em canais abertos quanto em canais por assinatura, inúmeras revistas especializadas, eventos gigantescos nas principais capitais do país, sites, blogs, cursos de desenho e roteiro. Os Otakus podem sair livremente por aí em seus cosplayers (pessoas que se fantasiam e interpretam seus personagens favoritos em pleno dia a dia). Resumindo, não é apenas comemorado os 100 anos de imigração do povo japonês, como também os 14 anos da imigração de sua arte do mangá e do anime, que se enraíza cada vez mais na terra do carnaval. Um motivo a mais para fazer parte da comemoração.


Saiba mais

http://mangasjbc.uol.com.br/o-que-e-manga/

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u363054.shtml

http://www.nippobrasil.com.br/2.semanal.manga/index.shtml

http://www.youtube.com/watch?v=qNwRKZC-Us8

http://www.aprendebrasil.com.br/reportagens/japao/cultura.asp

http://henshin.uol.com.br/2007/08/30/os-30-animes-dos-anos-90-que-deveriam-voltar-a-tv/

Do auge ao fracasso

Por Jauber Pereira

A jogadora de Basquete Iziane Castro da Seleção Brasileira foi cortada da equipe pelo técnico Paulo Bassul após se recusar a retornar a quadra na partida contra a Biélorrússia, quando a seleção perdia para a adversária.

Iziane ficou chateada por ter passado parte do jogo no banco de reservas e no final da partida ter sido acionada. ”Eu não sou jogadora para ficar no banco torcendo pelas companheiras, sou jogadora para estar na quadra lutando pela vitória”, afirma a jogadora.

Para Bassul, naquele momento Iziane disse não para o país e por isso ela não poderia continuar com o grupo.

Repercussão
Com suas jogadas rápidas e certeiras, Iziane conquistou os brasileiros e o mundo, mas apesar do seu talento não vem passando bons momentos no basquete como a firma o site: "Tanto no Atlanta Dream como na seleção a jogadora tem participado apenas 26minutos e 45 segundos em média, o que corresponde a uma atuação de 66% por partida". Veja o gráfico:




O site informa ainda que Isiane não possui todo o estrelismo que se considera. O fato ganhou repercussão e foi noticia nos principais jornais do país. Acompanhe a entrevista com a atleta:





Sonhos
O corte de Iziane da Seleção Brasileira de Basquete interrompeu o sonho da jogadora de participar das Olimpíadas de Pequim.

Em uma visita a São Luis,sua terra natal,Iziane conversou com uma equipe de alunos da Faculdade São Luis e não mediu palavras para mostrar sua confiança e euforia em participar da competição,e que apesar dos fortéis concorrentes,o Brasil teria grandes possibilidades de conquistar essa vaga.Iziane prometia dar tudo de si para que a seleção pudesse chegar aos jogos Olímpicos.

A jogadora esteve com o time brasileiro nas competições mais importantes em que a equipe disputou.

Conquistas
As conquistas mais importantes da jogadora começaram em 2000 com o Campeonato Sul-Americano,em que o Brasil foi ouro.Depois bronze no pan-americano no mesmo ano.Em seguida sétimo lugar no Mundial da República Tcheca.E aquela que ela considera como marco na sua carreia a Copa América realizada em São Luis em 2001.

Fases
Apesar de ser uma boa jogadora, Iziane não estar conseguindo jogar tudo àquilo que sabe. Nas últimas partidas da seleção ela não vem somando muito ao grupo. Após o seu corte da seleção, Iziane voltou á sua equipe e no último jogo pelo Atlanta Dream jogou 5 minutos e não marcou nenhum ponto por isso, logo foi substituída.

Seleção
Com a derrota para a Biélorrússia na última sexta feira e o afastamento de Iziane parecia que tudo estava dando errado na equipe de Bassul, porém ele reorganizou a seleção e nos dois últimos jogos contra Angola e Cuba as atletas mostram superação e conquistara a vaga para Pequim.

Apesar dos problemas terem diminuídos, Bassul voltou a afirmar que Iziane não voltará a jogar na equipe durante o seu comando e Iziane por sua vez, também afirmou que não volta a vestir a camisa da seleção enquanto Bassul for técnico. O certo é que o clima continua tenso entre os dois.

Crise
Esta não é a primeira vez que a Seleção Brasileira de Basquete enfrenta problemas ás vésperas de uma competição importante. Em 2003 a ala Silvinha não concordou com o esquema de jogo do então técnico Antônio Carlos Barbosa. Naquele período a jogadora pediu dispensa, mas em seguida voltou atrás, o que foi preciso a intervenção do Presidente da Confederação Brasileira de Basquete, Gerasmim Grego Bozikis para a reintegração da jogadora á equipe.

A única diferença entre os dos fatos é que a Silvinha foi mais vulnerável que a Iziane pedindo desculpas e voltando atrás. Decisão essa que não faz parte dos planos de Iziane.

Histórico
Iziane iniciou sua carreira logo aos 12 anos na Escola Batista em São Luis, onde estudou. Ela fazia natação e foi aconselhada por seu professor de Educação Física a entrar para o basquete devido ao seu peso e estatura, desafio que Iziane nunca mais parou. Com bom desempenho pela escola, Iziane participou dos jogos escolares realizados em São Luis, e daí chegou á Seleção Maranhense, onde ficou conhecida nacionalmente e selou o seu passaporte para o mundo. Hoje a jogadora disputa o torneio norte-americano pelo Atlanta Dream e diz estar satisfeita com a sua carreira.

Crise no jornalismo: buscando soluções éticas

Por José Ribamar Campos Neto

Falar de ética na imprensa não é tão fácil como parece. Nos, jornalistas adoramos mostrar a falha ética dos outros, mas quando se trata da ética na imprensa, somos um pouco corporativistas e estamos sempre tentando justificar tal comportamento.

Pois bem, hoje não tem desculpas.

Vamos fazer o nosso “mea culpa” e assumir que assim como existem excelentes profissionais na imprensa, também encontramos algumas “ovelhas negras” que muitas vezes põem a credibilidade de todo o rebanho a perder e acabamos sendo taxados de sensacionalistas, de distorcemos os fatos e até somos tratados com certo “receio” pelas nossas fontes.
Mas o que esta acontecendo? Estamos vivendo ou não uma crise na ética jornalística? Para sabermos a resposta precisamos primeiro saber o que é ética. Então vamos às suas origens.

Ética em grego é ethos e que dizer costume/modo de agir. A palavra moral, que vem do latim mores também que dizer costumes. Que dizer que as duas palavras são iguais? Para Lilia Pinheiro, mestre em filosofia pela Universidade do Ceará, a ética é “a maneira de pôr em prática os valores morais. A ética refere-se à vida pública e a moral ao comportamento individual” explica.

Baseando-nos nessa definição fica claro que com relação ao jornalismo, o problema e ético e não moral, tendo em vista que a atividade jornalística visa o interesse público (ou pelo menos deveria) por meio da promoção do debate de idéias no espaço público. Além disso, ninguém escreve textos para ficarem engavetados, pelo contrário, a produção jornalística é para ser divulgada com o fim de informar, opinar despertar a reflexão sobre um determinado assunto.

Crise
A crise ética no jornalismo é uma realidade. Condutas duvidosas de maus profissionais que forjam fontes, aumentam ou omitem o que uma fonte declarou, publicam algo que foi dito em off, inventam um fato e agem com o sensacionalismo estão se tornando uma prática corriqueira na imprensa, e o pior, de forma consciente.

Para Ingrid Assis, estudante do 8 período de jornalismo da Universidade Federal do Maranhão, essa conduta inadequada dos jornalistas se deve a dois fatores:a falta de punição por parte dos órgãos fiscalizadores e a algumas pressões sofridas pelos jornalistas no mercado de trabalho. “Aqui em São Luís temos um sindicato que não é atuante e por outros lados temos um mercado de trabalho restrito e com poucas vagas, fazendo com que o jornalista se sinta pressionado a tomar determinadas atitudes unicamente para não perder o emprego”, afirma.

Transferir a responsabilidade de um ato que é exclusivamente fruto da cognição do jornalista, como o ato de escrever ama matéria, é como “malhar em ferro frio”. Não leva a nada. A conduta duvidosa de determinados profissionais da imprensa é fruto exclusivamente da falta de caráter e personalidade do indivíduo, como afirma a jornalista Célia Lindoso que tem 24 anos de atuação e ex-diretora de ética da Associação Maranhense de Imprensa.
Competição e disputa no mercado de trabalho sempre existiram e continuará existindo em todas as profissões. Agora, cabe ao profissional ter discernimento do que é certo e errado e não deixar se corromper facilmente. “Mais isso só é possível se ele tiver uma boa base de valores e coloca-los em prática”, explicou.

É bem verdade que a falta de caráter e personalidade é fator decisivo na conduta jornalística. Mas como citado anteriormente pela estudante Ingrid Assis, a impunidade também agradava e até estimula a situação.

Impunidade
Falando de impunidade, imediatamente lembramos do Código de Ética dos Jornalistas, que foi criado em 1987e fixa as normas a que se deve subordinar o profissional nas suas relações com a comunidade, com as fontes de informação e com os demais jornalistas. Durante dez anos o Código não passou por nenhuma alteração, somente ano passado (2007) é que ele foi reformulado.

Embora as alterações do novo Código tenham sido discutidas entre profissionais e entidades representativas dos jornalistas, há quem diga que algumas delas não são aplicáveis ao mercado de trabalho. É o que diz a estudante de jornalismo do 5 período da Faculdade São Luís Ana Paula Nogueira. “Tem um artigo que diz que o profissional pode se recusar a exercer qualquer tarefa em desacordo com os princípios éticos do código ou que agridam as duas convicções. Isso para mim é pura utopia. Quando nos recusamos a fazer algo dentro da empresa, logo o profissional fica marcado pelo chefe, isso quando ele não é demitido dispara”.

Sejamos realistas. A alta de fiscalização e impunidade por parte dos órgãos responsáveis, as “pressões” por parte do escasso mercado de trabalho, a falta de caráter individual do jornalista e a falta de aplicabilidade do novo Código estão realmente interligados. Isso porque as discussões em torno da ética jornalística, não podem ser maniqueístas, atribuindo a este ou aquele motivo.
Todos os motivos acima relacionados, aliados a falta de discussão do tema nas universidades são fatores condicionantes para a crise ética que estamos vivenciando.

Conseqüências
Com certeza o maior prejudicado com todos esses desvios de conduta dos jornalistas é o público (leitor, telespectador, ouvinte ou internauta) que recebe as informações de forma verídica, aprofundada e isenta de interesses. Vemos aumentar a cada dia a ética negociada na imprensa, com um jornalismo baseado no denuncismo, na criação de factóides e na construção ou destruição da imagem das pessoas sem o menor medo/reflexão por parte dos jornalistas sobre as conseqüências dessas atitudes.
O jornalismo utilizado de forma inadequada faz com que, não só o veículo, perca credibilidade por parte da audiência, como também o jornalista, que deixa de exercer o seu papel de mediador social. De acordo com Joselle Couto, professora da disciplina de ética para o curso de jornalismo, o jornalista tem que arcar com a responsabilidade em relação às notícias que divulga. “O jornalista tem o poder de mobilizar a ação a das pessoas, de criar novas realidade ou manter as existentes conforme as suas palavras. É preciso ter cuidado para não faltar com a verdade”, adverte.

Faltar com a verdade é inadmissível em qualquer profissão. No jornalismo mais ainda, porque ele é considerado o principal pilar da democracia. É necessário aumentar o controle ético da notícia e estimular debates/reflexões sobre a atuação profissional e a ética no mercado de trabalho para que ao chegar ao mercado de trabalho os estudantes já estejam conscientes de seus atos e das conseqüências de uma escolha errada. A imprensa e seus profissionais têm que parar somente de julgar o comportamento ético dos outros e começar a olhar para o seu umbigo também. Ou será que a imprensa não gosta de ver suas más condutas estampadas nas páginas dos jornais?

Vídeo: Bate papo sobre Ética e Jornalismo com Eugênio Bucci:


quinta-feira, 19 de junho de 2008

Vitórias femininas durante os séculos XX e XXI

Por: Lauriane dos Santos Gomes

A imagem frágil que as mulheres tinham no século passado, já não existe mais. O movimento feminista nos anos trinta ajudou as mulheres a conquistar um espaço na sociedade machista. Um passo importante do século XX foi o direito ao voto, e ao longo do tempo as vitórias femininas perante a sociedade são inúmeras.

Mulheres ocupam hoje espaços que antes eram limitados somente para homens, elas provaram para a sociedade que são tão produtivas ou até melhores que os homens ao longo do século vinte. A liberdade feminina fez com que ela saísse do lar, dos braços do pai ou marido, passou então a gerar renda e a competir no mercado de trabalho. E assim passou a ser uma ajuda a mais na renda familiar. A mulher de hoje possui os mesmos direitos do homem, responsabilidades iguais e obrigações iguais, essas mudanças provocaram igualmente transformações psicológicas, de submissa e obediente e super desdente de seus parceiros, a mulher de hoje é livre e independente, elas superam desafios que as tornaram a mulher do seculo XXI.O trabalho representa hoje um poder de escolha que por muito tempo foi dos homens, isso permite que muitos lares sejam chefiados por mulheres, até o código civil reconhece o progresso feminino. As conquistas são cada vez maiores, hoje existem ainda homens que são bem mais remunerados que as mulheres, mais isso já diminuiu bastante. No Brasil as mulheres têm mais anos de estudos que os homens e continuam a ocupar espaços no mais variados setores da economia brasileira, as vantagens dos homens sobre as mulheres estão diminuindo.

Já é comprovado que mulheres vivem mais que homens, a sociedade está evoluindo e a submissão da mulher que existia no inicio do século passado, esta sendo substituída, a mulher hoje pode ser esposa, mãe e também exercer funções que antes eram exercidas somente pelos os homens na sociedade.

As mulheres vêm desempenhando um papel muito mais importante do que os homens no crescimento da população economicamente ativa. Elas se especializam, através de estudos e qualificação profissional, promovendo um melhor planejamento familiar. A taxa de fecundidade que antes era de 6,3 filhos hoje é de 2,3 para cada mulher, com isso as mulheres podem conciliar melhor o trabalho e a cuidar do lar.

Para consolidar melhor sua posição no mercado de trabalho a mulher tem, adiado seus projetos pessoais, como a maternidade. A redução do número de filhos é um dos fatores que tem contribuído para facilitar a presença da mulher no mercado de trabalho.

Trabalhar fora de casa é uma conquista recente para as mulheres. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida por todos é motivo de orgulho para todas as mulheres. O perfil delas é muito diferente do apresentado no começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade como os homens, ela ainda realiza as tarefas tradicionais, como a de ser mãe, esposa e dona de casa.

Vê-se que grandes empresas os números de mulheres chefiando os setores tem crescido bastante, tanto quando os homens existem na sociedade hoje grandes empresarias, mulheres que comando os negócios, mulheres envolvidas com a política está cada vez mais aumentando, apesar dessa função serem mais exercidas pelos homens, elas estão conquistando esse espaço aos poucos.

Hoje as mulheres ocupam posto nos tribunais superiores, nos ministérios, pilotam jatos, em organizações de pesquisas tecnologias, elas estão conseguindo emprego com mais facilidade, as mulheres estão sendo escolhidas para a maior parte das novas vagas surgidas no mercado de trabalho. Isso é decorrente da competência feminina e de sua grande valorização na socieddae não só brasileira como mundial.

Elas provaram que podem ser donas de casa, cozinheiras, também boas mecânicas, médicas, advogadas, motoristas, engenheiras, jornalistas, empresarias, prefeitas, governadoras, vereadoras e vários outros cargos que também são exercidos pelos homens, e é provado também que elas não ficam atrás deles.

A qualificação profissional das mulheres é bem notória, as universidades os números de estudantes mulheres é bem maior que a presença dos homens, a capacidade de fazer varias coisas é extinto da mulher. O seu crescimento no mercado de trabalho vem da batalha e da força de vontade que levaram elas a lutar contra o preconceito e o machismo que rodeiam ainda nossa sociedade.

Leis mais:
O feminismo no Brasil - Hikari no Tenshi.htm
A-MULHER-E-O-MERCADO-DE-TRABALHO-NO-BRASIL-GLOBALIZADO.htm

O QUE MUDARÁ NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES

Por Jocileidia Feitosa


Identificação Biométrica


A missão da Justiça Eleitoral brasileira este ano, é colocar nas mãos dos brasileiros o futuro cada vez mais seguro para a democracia e levar o Brasil à frente na tecnológica dos processos eleitorais em todo o mundo. Para uma votação democrática, a segurança do voto é muito importante para o efetivo exercício da cidadania. Por isso, visando garantir essas direito, várias tecnologias têm sido desenvolvidas pela Justiça Eleitoral brasileira. Entre elas, está o desenvolvimento de Urnas Biométricas, que processarão o voto a partir da identificação biométrica do eleitor.
A nova tecnologia já será utilizada nas eleições deste ano. A urna eletrônica com leitor biométrico será testada em três municípios, sendo um da Região Norte a cidade Colorado D`Oeste (RO), municípios de Fátima do sul (MS) do Centro-Oeste e, o último, da cidade de São João Batista (SC) Região Sul. De 3 de março a 1º de abril, quase 50 mil eleitores serão cadastrados naquele que deve se tornar um dos mais avançados e precisos bancos de dados do planeta. Em vez de levar o título de eleitor e assinar o comprovante de voto, os eleitores vão ser identificados pelas impressões digitais e fotografia.


Veja fotos do mais novo equipamento de identificação biométrica no processo de votação




Kit Bio fechado. Formado por três módulos (da esquerda para a direita): Estabilizador, acondicionamento e transporte e cenário





Detalhe da maleta aberta. Equipamentos com alimentação de energia externa bivolti





Por meio desse sistema, o País terá não só a votação mais informatizada como também a mais segura, já que não haverá dúvidas quanto à identidade de cada eleitor. Uma única digital pode ser utilizada para identificar uma pessoa. O novo sistema vai registrar as imagens de todos os dedos das mãos. Além disso, cada eleitor será fotografado por meio digital. A confirmação da identidade do eleitor é automática, com a simples leitura de sua impressão digital. Será o próprio eleitor que liberará a urna para votação. Caso o mesário tenha dúvidas com relação ao eleitor, ou a sua digital não for reconhecido pelo sistema biométrico, aquele terá, à sua disposição, uma folha com as fotos de todos os eleitores daquela seção, a qual poderá recorrer para confirmação. O objetivo desse cadastramento biométrico é excluir a possibilidade de uma pessoa votar por outra, tornando praticamente impossível a fraude ao procedimento de votação. A expectativa é a de que, em dez anos, todos os estados do País tenham urnas com leitores biométricos. Assim, a Justiça Eleitoral brasileira dá mais um grande passo rumo à consolidação dos direitos do cidadão.


Entenda mais sobre identificação biométrica

Principais tipos de biometria
Biometria, [bio (vida) + metria (medida)] é o estudo estatístico das características físicas ou comportamentais dos seres vivos. assim conhecida hoje é usada na identificação criminal, controle de ponto, controle de acesso, etc. A Impressão digital: método mais rápido, alta confiabilidade e baixo custo. Será usada pelo TSE nas eleições futuras. Segundo o diretor-geral do TSE, Athayde Fontoura, o principal benefício do novo sistema é evitar que uma pessoa vote no lugar de outra. A identificação dos eleitores dos três municípios selecionados servirá como um teste para que a Justiça Eleitoral possa saber quantos equipamentos serão necessários e qual será o custo de implantação do sistema. A partir daí, será enviado uma proposta de lei para o Congresso Nacional para autorizar o recadastramento de todos os eleitores brasileiros.
O custo previsto pelo TSE para a implantação do sistema é de R$ 200 milhões. Cada município onde a novidade será testada vai receber 20 conjuntos de equipamentos a serem utilizados no sistema de cadastramento eleitoral por leitura biométrica chamado de Kit Bio. A parceria entre os dois órgãos foi viabilizada por acordo de cooperação assinado entre o Ministério da Justiça e o TSE. Com essa iniciativa, 60 técnicos da PF vão acompanhar a implantação do cadastro. Serão 20 técnicos em cada cidade. Para o secretário de Tecnologia de Informação do TSE, Giuseppe Janino, o sistema é totalmente seguro e evita a subjetividade na análise da identificação do eleitor.


Os títulos eleitorais não serão trocados. Não será expedido título eleitoral com foto. A foto será armazenada no cadastro eleitoral e estará na folha de votação da seção onde vota o eleitor, para servir de subsídio de identificação ao mesário, caso não seja possível identificar o votante de forma biométrica. Levantamento feito em 2005 demonstrou que a cada eleição são expedidos cerca de 12 milhões de títulos, entre novos e segunda via. Diante dessas novas mudanças o candidato que antes se preocupava de como ganhar eleições através de fraudes, clonando títulos eleitorais. Agora terá que repensar como clonar impressões digitais, pois a justiça eleitoral brasileira cada vez mais estuda o melhor método para acabar com os crimes eleitorais. Em até 10 anos esse novo sistema será instalado, portanto esse prazo será até o ano de 2016, havendo 5 eleições: 3 municipais e 2 estaduais.

O Brasil realmente precisa estar a frente dessa tecnologia, que além de ser modelo para outros paises, irá contribuir com a democracia desse país e com a consciência do eleitor, que terá mais certeza que o voto dele foi computado, além do mais saberá que ninguém poderá votar em seu lugar caso o seu titulo eleitoral tenha sido clonado. Será mesmo que os brasileiros aceitarão essa nova norma? Qual será o resultado dessa votação nessas cidades que foram escolhidas para serem cobaias desse novo experimento? Por quê não escolheram cidade como Codó no Maranhão, que houve centenas de casos de títulos clonados nas eleições passadas, e com certeza esse ano não será diferente.







































































































UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

Por Ana Cely

Um assunto que vem causando muita polêmica nos últimos dias é o fechamento dos supermercados aos domingos e feriados. A polêmica deve-se ao fato de os empresários desobedecerem à Lei 605-1949 de 01.1949, art. 1 que diz que “todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, e nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos de acordo com a tradição local”.

Essa lei faz parte de uma convenção coletiva de trabalho assinada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Luís, Antônio Íris de Oliveira e do presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís, Edmilson Santos. Ela estabelece, entre outras coisas, que o horário de funcionamento dos supermercados fica de segunda à sexta-feira em regime de horário livre, aos sábados até às 23 horas e aos domingos até às 14 horas.

Essa convenção, porém, durante muito tempo permaneceu apenas no papel, pois os empresários não a respeitaram e continuaram abrindo seus supermercados aos domingos, depois do tempo estipulado pela lei, obrigando seus funcionários a terem uma jornada de até 12 horas de trabalho diárias.

A Liminar

No último dia 24 de março, uma liminar concedida pela juíza da quinta vara do trabalho, Márcia Suely Corrêa Moraes, atendendo a uma solicitação do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Luís obrigou os supermercados a fecharem suas portas aos domingos depois das 14:00 horas. Eles estão exigindo o respeito à convenção coletiva de trabalho dos comerciários que os empresários insistem em não obedecer. “Nós queremos que a nossa convenção coletiva de trabalho seja respeitada, pois esses funcionários estavam trabalhando 10 horas por dia sem ganhar nada”, reivindica Edmilson dos Santos. Ele afirma ainda, que quando o funcionário entra no supermercado, passadas às 8 horas de trabalho, ele bate o ponto e recome trabalho novamente, impossibilitando-o assim de qualquer tipo de reivindicação que ele, por ventura, venha querer fazer.

Os empresários

A Associação Maranhense de Supermercados (AMASP) está insatisfeita com a redução do horário e tenta negociar com o Sindicato dos Comerciários a fim de estender suas atividades aos domingos até as 22:00 horas. “Não é só o nosso setor que está sendo prejudicado, é também toda a população maranhense”, desabafa Sílvio Munça oiz, presidente da AMASP. Ele diz ainda que São Luiz esteja vivendo um retrocesso se comparado a outras capitais que oferecem esses serviços 24 horas por dia.

Os impactos negativos

Não são somente os empresários que estão preocupados com a redução de horário de funcionamento dos supermercados. Os economistas também não prevêem um quadro muito favorável para a economia, pois como o volume de vendas aos domingos é 30% maior que o registrado às segundas-feiras, por exemplo, essa redução de tempo irá gerar prejuízos significativos para o setor, vindos até a acarretar em demissões.

Segundo o analista econômico Nélio Costa, o fechamento dos supermercados depois das 14 horas é prejudicial à economia do estado, porque essas oito horas que eles irão deixar de vender, vão ter um impacto muito grande sob o faturamento deles. E se eles deixam de lucrar, inevitavelmente, ele terão que demitir. “È uma forma que os empresários encontram de não ficarem no prejuízo, pois eles não podem repassar esse prejuízo aos consumidores visto que, os preços dos produtos já tiveram aumento recentemente”. Ele diz ainda que o ideal fosse que os funcionários recebessem pagamento extra pelo tempo excedido de trabalho, pois assim, os empresários lucrariam e os funcionários ficariam satisfeitos.

Saiba mais:

Supermercadistas querem acordo com Sindicato dos Comerciários.

Federação Nacional dos Economistas

Liminar- faca de dois gumes

Tambor de Crioula: manifestação cultural que atravessa anos

Por: Suellem Wolff

Dança originada no tempo da escravidão no Brasil sofre com problemas de massificação cultural e perda do tradicionalismo

Na terra das Palmeiras onde canta o sabiá, saudada pelo poeta maranhense Gonçalves Dias, tem-se o maior número de pessoas miscigenadas de raças de todo o país. Através do plantio do algodão é que os negros chegaram ao Maranhão e, depois, formaram o Quilombo de Frechal, primeiro qu ilombo da região. Juntamente com os negros, chegou também, toda sua tradição mítico-religiosa que acabou se associando aos traços da cultura indígena e da européia. Com todos esses traços culturais juntos acabaram por recriar uma nova cultura que está identificada em cada passo das manifestações populares da região, como por exemplo, as danças, as rezas e as festas dessa região.

Uma das mais significativas expressões da cultura popular maranhense é o Tambor de Crioula. Esta dança é uma manifestação do folclore que está presente e associada às religiões de origem africana e por isso é de suma importância na cultura popular maranhense. Para alguns integrantes do Tambor de Crioula, a danç a era realizada para comemorar a libertação de algum escravo ou para servir de protesto contra as condições de opressão na qual viviam os negros.

Tambor de crioula é uma das danças afro-brasileiras mais recorrentes no Maranhão, sendo caracterizada pela presença da umbigada, também é chamada de “punga”, é uma batida no abdômen de outro participante da roda significando um convite para que outra dançarina assuma a dança no centro da roda.


As coreiras que são as sim chamadas às mulheres que dançam no tambor fazem a coreografia em formação circular, mas coreografia é executada de forma individual e consta de sapateios e requebrados harmoniosos com todo o corpo, terminando com a “umbigada”.

Os cantos que embalam as coreiras são repetitivos e o ritmo é adquirido através do uso de três tambores feitos de tro
nco. Os tambores são chamados de Socad or ou Roncador que é o maior tambor, o Meão que é o tambor de médio porte e o tambor pequeno que é chamado de Pererenga ou Pirerê.

No Maranhão, o Tambor de Crioula é dança de divertimentos e, ao mesmo tempo, uma forma de pagamento de promessa a São Benedito e outros santos, organizada, sobretudo pelos negros. Embora a dança não seja um ritual totalmente relig ioso, é uma forma dos brincantes pagarem promessas. “Eu tenho 65 anos e saio no Tambor há seis anos e é um prazer enorme dançar e pagar minhas promessas a São Benedito, pois sou de Codó e também dançava lá na minha cidade e não poderia deixar de cumprir minhas obrigações simplesmente porque saí de lá”, diz Dona Maria de Jesus Brandão que sai no Tambor de Crioula de Dona Zeca do bairro de Fátima.

Nas apresentações, uma coreira deveria entrar com a imagem do santo para que os demais brincantes prestassem homenagens ao padroeiro protetor. Dona Teresinha Jansen afirma que “este ritual começou na Fé em Deus e depois de um tempo, as coreiras dos outros grupos imediatamente passaram a fazer o mesmo. H oje todo mundo faz(São Luís, 2003).

A dança é realizada no contexto do catolicismo popular, é comum sua concorrência em casas, culto de tambor de mina ou umban da em São Luís e costuma ser tocado ao menos uma vez ao ano, no dia 13 de maio, ou em outras datas, em homenagem a entidades religiosas que apreciam esta festa.

Em São Luís se diz que o Tambor de Crioula é feito em louvor a São Benedito, que é santo preto e gosta de tambor. Diversos encantados gostam e também são homenageados com Tambor de Crioula, dentre eles, os Pretos Velhos, o caboclo Jarioldamo que é devoto de São Raimundo, Seu Antônio Luís Corre Beirada e outros.

O Tambor de Crioula é uma manifestação que só existe no estado do Maranhão, mas que aos poucos vem se tornando conhecido e difundido pelo Brasil inteiro. “O Tambor de Dona Zeca já existe há mais de 30 anos e nós nos apresentamos para pagar as promessas e também para a divulgação da cultura popular maranhense. O governo nos dá uma ajuda, mas também trabalhamos muito e esse dinheiro que o tambor recebe é distribuído entre os brincantes. E depois de todo nosso esforço quando a dança se apresenta somos contagiados por uma imensa alegria e satisfação de ver que nosso trabalho foi concluído e a promessa foi cumprida”, diz seu Luís Carlos Pereira que é o responsável pelo Tambor de Dona Zeca.

No entanto, depois do título de Patrimônio Imaterial Brasileiro, o Tambor de Crioula está cada vez mais se tornando alvo de investimentos que acabam possibilitando mudanças na vida dos personagens. “É o primeiro ano que danço no tambor e me sinto feliz por isso. Eu sempre via Dona Zeca e as outras coreiras ensaiando perto da minha casa e fiquei encantada. Ano passado eu dancei, mas sem compromisso, dona Zeca gostou e perguntou se eu não queria dançar esse ano na roda e aí eu aceitei!”, diz Thayná Cristina Pereira de oito anos que umas das crianças que dançam no Tambor de Dona Zeca.

As empresas turísticas contratam a dança e possibilitam fonte de recursos, embora estes recursos não sejam suficientes.

As apresentações acontecem durante todo o ano, mas é nos carnavais e nas festas juninas que o Tambor vive seu momento de glória, pois se apresentam em Terreiros-de-Mina, ruas, arraiais, praças públicas e em vários outros lugares.

Devido a tudo isso que está acontecendo, o tradicionalismo está perdendo cada vez mais seu espaço, uma vez que os grupos que estão iniciando decidem resolver todas as burocracias a fim de obter cadastramento nos órgãos governamentais (Secretarias e Fundações de Cultura).

O Tambor de Crioula vem sendo muito explorado nos canais de publicidades para que possa ser motivo de atrativo cultural para a cidade de São Luís.Apesar de todas as transformações que andam ocorrendo com o Tambor de Crioula podemos dizer que a cultura não é estática e é capaz de resistir a toda e qualquer manipulação a que os avanços tecnológicos e ideológicos tendem a direcioná-la.

Saiba Mais:

http://www.rosanevolpatto.trd.br/dancatamborcrioula.htm

http://www.culturapopular.ma.gov.br/manifestacoes2.php?id=6

http://www.tvcultura.com.br/caminhos/25quebradeiras/raizes-tambor.htm

http://www.cidadeshistoricas.art.br/saoluis/sl_cul_p.php

http://www.dicionariompb.com.br/verbete.asp?tabela=T_FORM_C&nome=Tambor-de-crioula

http://www.espacoacademico.com.br/067/67andrade.htm

http://www.comunidadeespirita.com.br/curiosidades/o%20que%20e%20um%20tabor%20de%20mina.htm

Vídeos:

http://br.youtube.com/watch?v=Zbn_sSqC_xw

http://br.youtube.com/watch?v=cOQ2HmM16uw

As mudanças no comportamento feminino
Por: Rejanny Braga

A mulher passou por várias conquistas. Conquistou a independência emocional, com a aprovação da lei do divórcio; sexual, com a chegada da pílula; financeira, ao entrar com a sola do salto alto no mercado de trabalho; e de expressão, uma conseqüência de todas as outras conquistas e porta de entrada para as que ainda virão.

A pergunta é: será que estão se libertando mesmo, ou apenas incorporando de maneira definitiva a idéia – muito antiga – de que o que “são aquilo que parecem”, permanecendo submissas a padrões de beleza externos?

O início de tudo
Quando chegaram ao Brasil, os portugueses se impressionaram com a beleza das índias – sempre bem dispostas, cujos corpos eram “limpos e tão gordos que não pode mais ser” e “sem vergonha alguma”.

As tupinambás gostavam de pintar seus corpos com tinta de jenipapo e se enfeitar com enormes colares de miçanga colorida. Esta era a sua beleza e, por mais estranho que pareça, a sua simplicidade era tida como pureza da alma e assim, por algum tempo, os gulosos europeus conviveram com as formosas índias. Neste momento, o conceito de beleza ibérico eram as mulheres árabes, “selvagens morenas” que, na Espanha e na África, tomavam banhos de rio e transbordavam sensualidade. Esta imagem feminina foi reencontrada nas índias brasileiras.


Segundo historiadores, enquanto no Brasil vingava a moda das morenas, em Portugal o estilo “loira italiana”, tipo “pálida, virgem e donzela” começava a ditar o universo feminino. Isto é, com os famosos pintores do Renascimento, como Botticcelli, surgiram os artifícios até hoje muito usados pelas brasileiras: mudar a cor do cabelo e passar uma base, muito mais clara do que a pele. Ser loira é praticar a moda de dissimular a cor e as imperfeições do corpo, com o uso de perucas, espartilhos, tecidos volumosos – apesar do calor –, sem falar na eliminação dos pêlos negros, principalmente nas sobrancelhas.

Por fim, uma boa camada de “rouge”, feito de pau-brasil ou canela, misturada à gordura de porco. Em pouco tempo a imagem feminina era a de uma mulher afetada, encoberta por milhares de tecidos “elegantes” e camadas de pó. Toda esta luta para parecer uma típica européia.

A moda dita regras
Apesar de durar até hoje em outras facetas, este padrão aloirado permaneceu até o século XIX, quando a Corte se mudou para o Rio de Janeiro. Mais precisamente um pouco depois, quando Maria Antonieta recriou os modelitos da época romana. A cintura alta, as mangas curtas e as luvas chamavam a atenção. Não é à toa que Machado de Assis escreve um romance chamado “A mão e a Luva”, elogiando o sensual jogo de esconder e revelar o braço, que esta moda trouxe.

Neste momento, as mulheres vão às festas, mas com muito sofrimento, pois a cintura alta exigia o uso do espartilho que, por sua vez, impedia a mulher de sentar e estimulavam os gazes, como nos contos hilários de Machado. E para facilitar ainda mais o movimento, sapatos muito altos, que se tornaram verdadeiras armadilhas para as brasileiras.

O estilo Maria Antonieta foi uma tortura para as recém-brasileiras, quase sempre rechonchudas. No entanto, o ato de vestir roupas caras e atualizadas era o sinal de riqueza, tradição e linhagem. Por mais desconfortável que fosse e menos apropriado aos trópicos, vestir-se conforme a Corte era sinal de status, um comportamento regulado, uma atitude de gente economicamente poderosa e aristocrática. Foi neste momento que surgiram os padrões, os ditames, as tendências, o que “há de mais atual”, a atitude, o aparecer feminino para a sociedade. Com eles, as revistas de moda, os manuais, almanaques, jornais de comportamento e toda sorte de escritos ensinando as mulheres a se comportar em público.

Década de 50
A década de 50 foi uma época de tradição e valores conservadores. As mulheres casavam-se mais cedo, tinham filhos e cuidavam da casa. A década de 50 assistiu a uma reavaliação comportamental feminina sem precedentes. A revolução feminista, iniciada nos anos 40, se expandiu e atingiu outras áreas. As desigualdades sociais e políticas passaram a ser a base das diferenças entre os dois sexos e o novo alvo de luta da mulher. Elas são universitárias, jovens, que queimam os sutiãs e lançam a revolução sexual.

A moda desfilava o comportamento da mulher brasileira e a alta-costura era seguida pela revista da época: Vogue. O homem brasileiro era playboy, usava calça rancheira, mocassim branco, camisa ban-lon e cabelos cortados à “Príncipe Danilo”. Ser conquistador era pegar as “boazudas”, farrear, dar umas voltas. Para casar, só com mocinha ingênua, mas não se abria mão do machismo. O mesmo machismo que se misturava com a rebeldia a mascar chicletes e desfilar cadilaques rabo-de-peixe. Nos bancos de praças as garotas liam as edições femininas de A Cigarra, O Cruzeiro e Manchete.

O desenhista Alceu Penna marca a década com seu traço perfeito. Suas garotas eram uma visão pessoal da sonhada namorada do Brasil: charmosa, moderna, elegante e com um comportamento que não competiria com a macheza da época. Elas transmitiam apenas a moda, a inspiração da mulher ideal. A partir daí a mulher mostrou-se vulnerável à evolução de sua fleuma, uma ameaça que mais cedo ou mais tarde viria acontecer. Pegaram gosto pela estética, e o glamour era desfilar seus trajes de banho nas calçadas do Rio, ainda cobertas as curvas. Os decotes ainda cobriam os ombros, mais tarde deixavam-se ver suas costas e sacudiam a sociedade com o biquíni de duas peças. Aceitar carona de cadilaques ou lambretas era o novo desafio das moças que já usavam calças compridas e passavam o dia a bambolear para afinar a cintura (o que também era moda na época). Na mulher usava-se lenço no pescoço e muita roupa colorida, neles, óculos ray-ban, jaquetas de couro e topete.

O ápice da juventude de 50 era umas simples voltas pelas ruas das cidades para um festival de olhares para os quais se voltavam uns aos outros. Uma época cujo único brilho era ser jovem, ser novo, ter liberdade. As amarguras da sociedade fechada e careta pareciam fundamentais para que tal essência de um jeito de ser de uma geração tivesse sentido.

As rápidas mudanças: surgiam as mulheres modernas
A chegada da pílula anticoncepcional é vista como uma forma de libertação e decisão final sobre o corpo. Ela transformaria o ser feminino para sempre e a maternidade começava a ser vista como realização pessoal, independente da vida a dois.

Os casamentos passaram a ser mais tardios, com menos filhos, resultado de uma vida mais dirigida a fortalecer uma carreira fora de casa. Com o passar do tempo, as atenções se voltaram com força total para o corpo e a estética, como um contraponto à despreocupação dos hippies. Com o surgimento da cirurgia plástica, todas ficavam com a mesma cara, mas dar uma esticadinha era o que havia de mais moderno.

A influência da cultura negra marcou a década e a moda combinava elementos como os black-powers e a boca-de-sino com inspirações na euforia dos anos 20, sobretudo nas maquiagens com muito brilho. A ginástica e o fisiculturismo chegavam à popularidade com o cooper e as primeiras academias. Era a hora de a mulher mostrar também a sua força física, com músculos esculpidos em horas de exercício.

A mulher e as responsabilidades

A lei do divórcio, aprovada em 1977, lançou novas concepções familiares: as estudantes revolucionárias da década anterior agora estavam separadas, cuidando dos filhos e assumindo as funções de chefe. Nessa época, um modelo genuinamente brasileiro de mulher de classe média chega à TV como prova máxima de realidade: Malu Mulher.

Essa atuação feminina na sociedade, preocupada com a saúde, a estética, a carreira e a família, ajuda a disseminar a independência da mulher na imagem da executiva de sucesso: linda e bem-sucedida. Nas empresas, a presença cada vez maior de tailleurs e terninhos ressuscitaram discussões sobre as diferenças entre homens e mulheres.

Diferenças que chegaram aos anos 90 traduzidas numa imensa diversidade de comportamentos. O silicone criou polêmica e os modelos de beleza nunca foram tão contestados. A evolução tecnológica decretou o sepultamento da celulite, das rugas e dos complexos físicos e, ainda assim, a insatisfação torna a comparação com o sexo masculino inevitável.

Saiba mais

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