sexta-feira, 20 de junho de 2008

O TURISMO COMO PROPULSOR DA ECONOMIA LOCAL

Por Kaysterly de Oliveira Pinto


Turismo de Eventos movimenta a economia em São Luís


Os setores de viagens e turismo são os maiores e mais diferenciados do mundo. Muitas nações dependem dessa eficaz atividade como principal fonte de geração de renda, emprego, crescimento do setor privado e aperfeiçoamento da infra-estrutura.

Considerado pela Organização Mundial do Turismo (OMT, 2003) como uma indústria geradora de emprego (cerca de 200 milhões direta ou indiretamente) e renda, o turismo tem incentivado vários países em desenvolvimento a engajá-lo nas suas políticas econômicas como suplementares a outras formas de crescimento econômico, tais como a manufatura ou exportação de recursos naturais.

Os investimentos turísticos produzem um efeito inversamente proporcional ao da indústria que, enquanto é concentradora de renda, o turismo a distribui, pois cria um efeito favorável nos setores menos especializados da população. Faz com que apareçam novas oportunidades de emprego, impedindo que moradores locais imigrem para outros centros em busca de trabalho.

Pouquíssimos setores da economia se desenvolveram num prazo tão curto como o segmento de turismo e viagens. Em pouco mais de cinco décadas de história, os destinos se multiplicaram e essa indústria se tornou uma das mais ricas, dinâmicas e promissoras áreas da economia global. Não foi por acaso, que a atividade turística passou a ocupar espaço considerável nas relações econômicas internacionais, devendo, segundo previsões da Organização Mundial do Turismo ser uma das mais importantes em termos de oferta de empregos e geração de receitas do século XXI.

O turismo tem se mostrado através da evolução, ser um fenômeno social capaz de modificar economicamente todo um local, gerando emprego e renda para a comunidade.


Diante da tendência mundial de crescimento do Turismo de Eventos e como este segmento pode ser usado como ferramenta de desenvolvimento social, econômico e resgate da cultura local, geram emprego, renda e melhora a qualidade de vida da população, além da auto-estima da comunidade envolvida e criação de infra-estrutura que beneficia não só o turista, mas, também a população local. Houve a necessidade de algumas cidades, que antes sofriam com a deficiência econômica e a sazonalidade, estudarem melhor este tipo de turismo. Criaram assim, os eventos esporádicos e permanentes, as micaretas.

Dentre os eventos maranhenses que mais atraem pessoas é a Micareta Marafolia. Este carnaval fora de época que desde o seu surgimento em 1995 veio se evoluindo e arrastando multidões de todos os lugares do mundo.

Para o setor hoteleiro - que geralmente fica lotado nesta época, significa mais dinheiro e economia, pois este evento sempre acontece na primeira quinzena do mês de outubro, período de baixa temporada, diminuindo, assim, os efeitos que são caracterizados pelo aumento ou redução de significativos da demanda pelo produto em determinada época do ano: a sazonalidade.

De acordo com a Associação Brasileira dos Agentes de Viagem (ABAV), na última década, com o advento dos carnavais fora de época, só na cidade de São Luís com o Marafolia o número de turistas que visitam a cidade cresceu 95%. Em 2006 a ocupação nos hotéis foi total. Dados da Maranhão Turismo (MARATUR, 2006) informam que houve um aumento na oferta de vagas de 25.000 para 28.000.

Tendo em vista que o Turismo de Eventos gera uma série de benefícios para a localidade receptora, algumas cidades criaram um calendário especial para divulgar estes eventos. Mantendo-o sempre atualizado.

O processo de desenvolvimento e de globalização da economia mundial, além de gerar um progressivo fluxo de viagens regionais e internacionais, ampliou de forma acelerada o setor de lazer e de turismo, que passou a ser, efetivamente, o grande promotor de redes hoteleiras.


O turismo e o segmento turismo de eventos tem sido forte arma no combate a pobreza nos países em desenvolvimento. São Luís adotou este método não só para diminuir os impactos socioeconômicos da população, mas também para divulgar os seus atrativos histórico-culturais e naturais.